Feriado de Páscoa 2022.
Um pouco antes do feriado de Páscoa vimos no Facebook de um colega sobre um lugar bem bacana em Tapiraí/SP. Era uma pousada com diversas trilhas e algumas cachoeiras e mirantes dentro da propriedade mesmo.
Trocamos mensagens com a pousada para obtermos uma cotação, mas já não havia vagas.
Olhando a região pelo mapa do Google, descobrimos a pousada Recanto das Águas Vivas.
Desde o primeiro contato, a proprietária Sandra foi bem atenciosa, nos passando todos os detalhes.
Contratamos a hospedagem no mesmo dia em que ela enviou o orçamento, por um valor que estava um pouco mais caro do que a oferta pelo Booking, porém com pensão completa.
Pagamento parcelado em 4 vezes sem juros, sendo o sinal via PIX e o saldo no cartão de crédito.
Dia 1 – 14/04/2022
Como sempre fazemos, deixamos toda a bagagem pronta de véspera e, na quinta-feira logo após o expediente de trabalho, sem demora caímos na estrada.
O tráfego fluía bem na estrada, mas pegamos bastante trânsito em Sorocaba/SP, próximo da Saída 102.
Já na serrinha para Piedade/SP, encaramos alguma neblina e uma garoa fina.
O acesso para a pousada é pelo Distrito do Rio do Turvo, mais ou menos no Km 145 da Rodovia Tem. Celestino Américo.
Dali, são mais 6,1km sendo 4,5km em estrada de terra (estavam iniciando o asfalto na época).
A marcação no mapa indicou como destino uma propriedade que fica uns 100 metros depois da pousada Recanto das Águas Vivas. À noite e com chuva, a gente passou pela pousada e nem viu.
O portão dessa outra propriedade estava aberto, e fomos entrando.
Um rapaz veio ao nosso encontro, e perguntamos se era ali a pousada. Ele já devia estar acostumado com essa situação, pois disse que vários param ali e ele passa a orientação sobre onde fica a pousada da “dona Sandra”.
Manobramos e paramos em frente ao portão da pousada, que estava fechado. Havia um sino que funcionava como campainha.
A dona patroa tocou, mas acho que foi fraquinho, pois ninguém apareceu.
Então, abrimos o portão e entramos com o carro, estacionando ao lado de uma caminhonete. Um senhor apareceu na porta e nos recebeu, confirmando que estávamos no lugar certo.
Seu nome era Eduardo, marido da Sandra, que veio em seguida para nos cumprimentar.
Ela nos informou que chegamos “bem na hora para o jantar”, e enquanto aguardávamos para tudo estar servido, o Eduardo nos mostrou a sala de jogos, a sala de TV, as piscinas (a externa e a aquecida), a sauna, brinquedoteca e até uns aparelhos de ginástica.
O sinal do wi-fi dava umas osciladas ali no restaurante. Sinal de celular, nem pensar.
Ficamos ali conversando com o Eduardo e logo a Sandra trouxe um caldo com torradas, e depois macarrão cremoso.
Tudo muito delicioso.
Os familiares deles chegaram (a casa dos proprietários fica há alguns metros do restaurante) e jantaram também.
Quando já estávamos nos levantando para irmos ao quarto, a Sandra ofereceu doce de leite e doce de abóbora. Impossível recusar!
Os quartos ficam bem distantes do restaurante. Para chegar lá, o Eduardo foi na frente com a caminhonete e o seguimos por uma via bem estreita.
Não vimos muita coisa porque estava escuro, e a garoa não dava trégua.
O quarto é bem simples: havia uma cama de casal e um beliche. A TV era de tubo ainda, com sinal via parabólica, e tinha um DVD Player conectado a ela.
No banheiro não havia as amenidades como shampoo, sabonete etc, nem secador de cabelos. Não foi surpresa para nós, pois costumamos confirmar essa presença desses itens logo após a reserva.
Dia 2 – 15/04/2022
O café da manhã na pousada é servido entre 8h e 10h.
Então saímos do nosso habitual e acordamos um pouco mais tarde, às 8h.
O sol já estava dando as caras; havia uma brisa fria no ar, e o termômetro marcava 14 graus.
Subimos caminhando até o restaurante, observando a paisagem oculta da noite anterior, chegando lá perto das 8h20, e o café ainda não estava sendo servido. Enquanto aguardávamos, fomos fotografar os ambientes que o Eduardo havia nos mostrado na noite anterior.
O café da manhã teve início mesmo às 8h50. As opções eram pães, bolos, frutas, misto quente feito na hora, leite, café, suco.
Ao que parecia, além de nós, só havia mais um quarto ocupado.
Após o café, descemos por outra estradinha que terminava em um lago. Pela disposição de uns banquinhos ao redor do lago, deduzimos se tratar de um local para pesca.
Fizemos algumas fotos ali e retornamos pela estradinha, encontrando com o filho da Sandra pelo caminho, que estava descendo com isca para peixe e perguntou se queríamos pescar.
Já próximo do início dessa estradinha, vimos uma trilha à esquerda, e decidimos seguir por ela para ver onde chegaríamos.
A trilha levava até uma tirolesa (desativada no momento), e seguindo nessa trilha, chegamos ao lago de pesca novamente.
Quando saímos da trilha, o filho da Sandra se ofereceu para mostrar uma árvore oca que havia ali perto, e dizia ser legal para fotos. Fomos lá conhecer.
Mais à frente um pouco dessa árvore havia uma pedra enorme com um tipo de toca cavada na terra abaixo dela.
Em seguida ele nos mostrou uma mina d’água potável, e no local tinha até um copo disponível para quem quisesse matar a sede ali mesmo.
De volta à sede da pousada, seguimos fotografando a paisagem e as flores, e depois ficamos um tempo na sala de jogos brincando de sinuca, até perto da hora do almoço.
A Sandra disse que o almoço iria atrasar um pouco, então voltamos ao quarto para colocar o celular para carregar.
O almoço foi servido 14h40, com cardápio típico de sexta-feira santa: peixe frito, pirão, suflê de peixe.
Satisfeitos, voltamos para o quarto, estendemos a rede na varanda e ficamos ali lendo um livro.
À noitinha, perto das 20h, subimos para jantar.
Os filhos e netos da Sandra estavam ao redor de uma fogueira. Ficamos um pouco lá com eles e depois fomos jantar.
O cardápio do jantar tinha filé de frango com creme de milho, creme de cenoura e saladas diversas.
Dia 3 – 16/04/2022 – Cachoeiras
No dia anterior, vimos que no balcão do bar havia alguns mapas com informações sobre as cachoeiras de Tapiraí, como chegar até elas etc. O pessoal da pousada também havia passado algumas dicas.
Então, logo após o café da manhã, pegamos o carro e fomos conhecer duas das cachoeiras da região: a Cachoeira do Limoeiro e Cachoeira do Chá.
Havia dois caminhos para chegar às cachoeiras: voltando até o Distrito do Rio do Turvo e pegar a rodovia sentido Tapiraí, ou pegar o caminho para o pesqueiro Santa Regina, na mesma rua de terra da pousada, e continuar até as cachoeiras.
Optamos por seguir pelo asfalto, mesmo percorrendo alguns quilômetros a mais.
Saímos da pousada às 9h30h, com destino à Cachoeira do Limoeiro.
O caminho não é difícil: chegando à cidade de Tapiraí, sair da rodovia sentido bairro Belchior; há placa indicativa. Depois basta seguir a indicação de caminho do Google Maps que não tem erro.
A partir de um certo ponto a estradinha passa a ser de terra, mas estava em boas condições, mesmo após a noite chuvosa.
Chegamos a Cachoeira do Limoeiro às 10h15. Estacionamos o carro numa pequena área descampada, que deve caber uns 4 carros apenas, e pegamos a trilha até a cachoeira.
Logo no começo da trilha, na margem do rio, tem uma mesa de madeira com uns bancos; ficam bem em frente a ponte pênsil.
Seguindo a trilha do outro lado do rio, em poucos minutos chegamos numa prainha, um lugar bacana para ficar curtindo a água.
Descendo um pouco mais chegamos na queda d’água da Cachoeira do Limoeiro.
Ficamos ali até às 11h, quando pegamos o carro e continuamos na estradinha de terra até a Cachoeira do Chá.
O GPS também nos levou certinho até o local, onde chegamos 11h30.
Em frente à entrada da trilha para a Cachoeira do Chá cabem uns 3 carros apenas, mas depois vimos que tem uma segunda entrada mais a frente, logo após uma ponte, onde tem mais espaço para estacionar.
A placa informativa na entrada indica que a trilha até a cachoeira tem 2,4km (ida e volta) e pode ser percorrida em 1h.
Seguimos a trilha que margeia o Rio Corujas até chegamos a uma piscina natural, que deixamos para observar na volta.
Caminhamos mais um pouco chegando a uma escadaria que levava até a cachoeira, que possui aproximadamente 30 metros de altura.
Atenção: A Cachoeira do Chá é contemplativa, pois o banho ali é perigoso. Tem muitas pedras.
Após algumas fotos ali, voltamos pela trilha fazendo uma parada para conhecer a piscina natural. Chegamos de volta ao estacionamento 12h30.
Nossa ideia para retornar à pousada era fazer o caminho “por dentro”, ou seja, seguindo pelas estradas de terra sentido Pesqueiro Santa Regina e dali para a pousada.
Mas vimos no mapa que estávamos distantes apenas uns 7km da rodovia. Então optamos por preservar um pouco o carro e voltar para a pousada via asfalto mesmo.
Tudo bem que nesse trecho da rodovia o asfalto estava horrível, mas ainda assim era melhor do que estrada de chão batido.
Por volta das 13h40 já estávamos na pousada, e fomos direto almoçar.
As opções eram arroz, feijão, batata doce, abobrinha assada, carne ao molho madeira e salada. De sobremesa, pavê (e “pá comê” – tinha que rolar essa piadinha infame).
Lá pelas 15h fomos conhecer e usufruir da piscina aquecida da pousada. Estávamos só nós lá, curtindo a água quentinha, que é aquecida por lenha.
A noitinha, na hora do jantar, estava chovendo. Precavidos, tínhamos um guarda-chuva conosco. E no quarto havia outro.
O cardápio do jantar era caldo de abóbora cabotiã com torradas, e yakisoba.
Quando terminamos nossa refeição, a Sandra disse que durante a tarde havia feito canjica, e que se quiséssemos ela esquentaria um pouco para nós. Aceitamos.
Dia 4 – 17/04/2022
Na noite anterior, após voltarmos para o quarto, a chuva recomeçou e permaneceu durante quase a noite toda.
Quando fomos para o café da manhã estava uma neblininha leve.
Recebemos uma cestinha enfeitada, com bombons dentro, devido ao domingo de Páscoa.
Sem muito o que fazer com o tempo de chuva, ficamos na rede da varanda lendo um pouco, até às 10h30 quando ligamos a TV para ver futebol.
O almoço do domingo foi servido às 13h30. Cardápio: feijoada. Sobremesa: arroz doce.
A Sandra até queria preparar uma “marmitinha” de arroz doce para trazermos para casa, mas dissemos que não precisava. Eles todos são muito gente boa.
Como nossa bagagem já estava arrumada, então foi só fazer o acerto das diárias e partir para casa após mais uma viagem de Páscoa.
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