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Trapalhadas no caminho para Milão

15/12/2007.

Pessoal, esse post tem mais texto do que fotos. Porém muitas aventuras no dia de hoje.

Após tomar o café da manhã, fomos até a estação comprar os bilhetes de trem para Milão. O sol aparecia de forma tímida, estava bem frio (4ºC). Apesar de deixarmos para a última hora, não tivemos surpresas com as passagens.

Termômetro na estação de trem
Termômetro na estação de trem

De volta ao hotel, arrumamos nossas bagagens, e as 11:00h fechamos o hotel e fomos para a estação comer alguma coisa antes de “pegar” o trem das 12:50h. Novamente fomos ao Mac: 1 BigMac pra cada um.

Cuidado: o banheiro do Mac estava um nojo.

Para nossa surpresa o trem estava atrasado em 25 minutos. Fomos para a plataforma aguardar pelo trem e aproveitamos para “tomar” um solzinho, para espantar o frio. Um aviso no sistema de som: o “ritardo” (atraso) havia aumentado para 50 minutos. Putz… Fazer o quê? Esperar né. Outro aviso: mudança da plataforma 6 para a plataforma 4. E lá vamos nós com a mala “pesadérrima” e as mochilas nas costas, descer as escadas da plataforma 6 e subir para a 4.

Dica: em qualquer lugar a garrafa de 500ml de água custava de 1 Euros a 1,5 Euros. Em Florença, no centro de apoio ao turista custava 0,50 Euro. Na plataforma da estação em Verona, 0,90 Euro nas máquinas self-service. Se não tiver mercado por perto (0,29 Euro por 1,5lt) nem posto de apoio, experimente os preços da estação de trem.

Às 13:50h o trem partiu para Milão, destino: estação Milano Centrale. Acomodamos-nos e fomos curtindo a paisagem.

Paisagem entre Verona e Milano
Paisagem entre Verona e Milão
Computador de bordo do trem, indicando o trajeto e as paradas. E estamos na 2ª classe, hein.
Computador de bordo do trem, indicando o trajeto e as paradas. E estamos na 2ª classe, hein.

A dona patroa aproveitou para dormir um pouco. Duas estações antes de chegar em Milano Centrale, o sistema de som do trem avisa que o mesmo não irá mais até Milano Centrale, e que deveríamos trocar de trem. Não foi dito em qual plataforma deveríamos embarcar no outro trem. Então tá.

Chegando em Milano Lambrate descemos do trem já procurando pela plataforma cujo trem iria para Milano Centrale. Vi que na plataforma 2 estava escrito Milano S.C. Seria Stacione Centrale?? Ao invés de seguirmos o fluxo (óbvio), fomos para essa plataforma, mas antes de embarcar perguntamos para um cidadão que estava dentro do trem se o mesmo iria para Milano Centrale. Como o infeliz confirmou, entramos.

Eu vi que o trem estava rumando para o lado contrário, e vi na passagem que Milano Centrale abrevia-se “C.le” e não “S.C”. Tudo bem né, não dá pra acertar sempre. Esse foi nosso primeiro equívoco em 15 dias de viagem. O trem parou na estação Milano Porta Romana. Perguntamos para outra pessoa, uma moça, que nos disse que o destino daquele trem era Milano San Cristoforo (S.C. !!). Quando decidimos descer do trem, as portas fecharam-se e o trem partiu. Ok.

Desceríamos na próxima e pegaríamos o trem de volta para Milano Lambrate, e de lá o trem certo para Milano Centrale.

Nem vi o nome da estação onde descemos. Assim que desembarcamos, procuramos o caminho para a plataforma do lado oposto. Foi quando descobrimos que não havia trem de volta, e deveríamos pegar o metrô.

Compramos os bilhetes e perguntamos umas dez vezes pra ter certeza de que estávamos indo para o lugar certo.

Bilhete de metrô em Milano
Bilhete de metrô em Milano

Nove estações depois chegamos na estação Milano Centrale. Ufa! Agora é só achar onde pegar o ônibus para o aeroporto de Linate.

Estação Milano Centrale
Estação Milano Centrale

Milão possui dois aeroportos: Malpensa e Linate. Se você quiser ir para Malpensa, dá pra escolher, pois tem ônibus de monte, porém para Linate….. Pergunta aqui, pergunta ali, e todos indicam um caminho que a gente anda, anda, e nada de placas sobre Linate. Somente Malpensa.

Finalmente achamos. A bilheteria estava lotada. Cinco guichês, sendo que três estavam fechados. E nos que estavam abertos, a fila parecia que não andava. Uma pessoa da fila nos avisou sobre uma cafeteria que vendia os bilhetes do ônibus, mais à frente, na avenida. Saímos da fila e andamos um pouco mais pela avenida. Nada de cafeteria, mas achamos um ponto de ônibus com a placa Linate e os horários. Na parte de baixo da placa dizia: bilhete vendido no próprio ônibus.

Ótimo, achamos. Agora é só esperar o ônibus das 17h.

Dica: para chegar até o ponto de ônibus, saindo da estação Milano Centrale, vire à esquerda até a esquina e vire à esquerda novamente. Passará por um ponto de taxi. Continue. Mais a frente verá vários ônibus. Um dos pontos é do ônibus que vai para Linate.

17:00h e nada do ônibus. O povo que também aguardava o ônibus já ficava impaciente. Após 10 minutos, chegou. Enquanto eu colocava as malas no bagageiro, a dona patroa foi para a fila, e confirmou com o motorista o destino do ônibus, pois não havia nenhuma placa no ônibus, nada.

Ele confirmou, mas não quis receber os 8 Euros (4 Euros por pessoa). Sei lá. De repente por estar atrasado, queria colocar todos para dentro e receberia no final do trajeto.

Milão é metrópole. Muitos carros pelas ruas, tanto andando quanto estacionados. Lembrei de São Paulo/BRA.

Após 30 minutos chegamos ao aeroporto. Após ter descarregado todas as malas (alguém tem que fazer o trabalho pesado), eu já estava indo para o saguão, quando a dona patroa me lembrou que tínhamos que pagar o ônibus. Ah é…! Fomos levar o dinheiro para o motorista, que de novo não recebeu. Indicou a direção de um escritório da viação onde deveríamos fazer o pagamento. Olhei para onde ele apontou e não vi nada, e também não me esforcei muito pra procurar não. Esquece, ninguém estava preocupado em achar o tal lugar, nem nós. Parece que a corrida foi grátis pra todo mundo. Fomos para o saguão procurar pelo WC.

Nosso embarque será daqui a 11:30h; somente às 6:30h da manhã de domingo. Como podem ver, optamos por não dormir em hotel. Teríamos que fazer o check out de madrugada, arrumar um taxi de madrugada, ia custar muitos euros. Dormir no aeroporto seria de graça e mais divertido, como vocês verão a seguir.

Liguei para minha mãe para informar nosso horário previsto de chegada no Brasil, e aproveitei para perguntar se os postais com selos colados com “cuspe” no dia 05/12 já chegaram. Que nada! Bem que nosso livro disse que o correio de Roma é um dos mais ineficientes do mundo.

Jantamos no restaurante do aeroporto, de nome Ciao, que de Self-Service não tem nada. Mesmo esquema do restaurante de Pisa. É um tipo de menu ao vivo, ao invés de escolher o prato lendo num menu, você vê a comida. E nem pode escolher a quantidade, é uma porção padrão.

Bom, pelo menos você não assusta com a aparência da comida. Se num gostar da “cara” dela, pede outro prato.

Agora faltam 9h para nosso embarque. Fui ao lado de fora para ver a temperatura, mas o relógio num é multi-função: só mostra as horas. Mas está frio pra caramba.

22:50h: chega um pessoal bem falante aqui no setor onde estamos, até então o mais silencioso para um bom cochilo. A dona patroa dorme profundo. Uma moça que está com essa turma resolve distrair-se com um mini-game. Caraca, que barulhinho chato tem esse jogo.

A dona patroa puxando um ronco na cama improvisada
A dona patroa puxando um ronco na cama improvisada

O sábado está indo embora, e o domingo vem chegando. Significa um novo post aqui no blog.

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