Fremantle: prisão, mercados, museu

06/04/2014.

Hoje acordamos um pouco mais tarde do que nos dois dias anteriores, pois o passeio seria por conta própria. Novamente tomamos o café da manhã no McDonalds. Dessa vez eu fiz meu pedido sem equívocos: o lanche com bacon, queijo e ovo, acompanhado de um cappuccino. Dona patroa nem para variar: foi no tostado outra vez.

Já falei que no McDonalds da William St tem wi-fi grátis? Pois é, tem. E nem precisa consumir para usar.

Dali seguimos para a estação de trens, onde pegamos a composição para Fremantle, uma cidade ao sul de Perth. Meia horinha de trem até lá.

Por ser domingo, e 9h da manhã, estava tudo fechado e quase ninguém nas ruas de Fremantle. Nós estávamos com um mapa de Fremantle que pegamos no hotel, e nos orientamos por ele para chegar aos atrativos turísticos.

Monument Hill War Memorial

Caminhamos primeiramente até o Monument Hill War Memorial, em homenagem aos combatentes australianos na II Guerra Mundial. Confesso que nem sabia que a Austrália havia se envolvido na Guerra, centrada na Europa. Mas parando para pensar um pouco… a Austrália era de domínio britânico, logo, fazia parte da coalizão. Pesquisando depois, vi que sua atuação foi combater os japoneses e os navios alemães passando por ali.

Fremantle Prision

Depois de algumas fotos nós fomos para a Fremantle Prision, onde há diversos tipos de tour guiados por suas dependências. A prisão foi construída em 1850 e inicialmente abrigava detentos da Inglaterra e Irlanda.

Entre os passeios disponíveis estão o ‘Doing Time Tour‘ – pelas dependências da prisão; o ‘Great Escapes Tour‘ – que conta sobre as tentativas de fuga; 0 ‘Tunnels Tour‘ – que fala sobre o trabalho dos detentos nos túneis; o ‘Torchligh Tour‘ – histórias sombrias num tour noturno iluminado por tochas; e o ‘Fremantle Prision Art Tour‘ – conhecer as obras de arte dos detentos nas paredes da prisão.

Maiores informações sobre datas, horários e preços podem ser obtidas no site oficial da Prisão.

Nós optamos por fazer o ‘Doing Time Tour‘, com início às 10h da manhã. O guia que nos contou as histórias da prisão foi o Steve. Se ele falasse um pouco mais devagar poderia ser que, mesmo com meu pobre vocabulário, eu conseguisse entender alguma coisa. Mas ele acelerava de um jeito que só os muito fluentes em inglês conseguiam entender. Até dona patroa que fala bem teve dificuldades para entender.

Uma das turistas estava com um audio-guide, aqueles aparelhos que tem o áudio no seu idioma com tudo que o guia está contando. Creio que não havia em Português, talvez Espanhol. Mas a moça da bilheteria nem nos ofereceu. Se soubéssemos que tinha isso….

A prisão é um local bem interessante, e como toda prisão, um local triste.

Arrisco a dizer que a visita na Prisão de Fremantle foi melhor do que na Prisão em Robben Island, na Cidade do Cabo. Lá tem o histórico do Mandela e tal, mas as instalações aqui chama mais a atenção.

Tem uma sala de enforcamento, onde os presos ali mesmo julgados e condenados eram executados. O último enforcado (e condenado de morte na Austrália Ocidental) foi o serial killer Eric Edgar Cooke, em 1964.

A prisão foi fechada em 1991, sendo um dos motivos a falta de condições sanitárias.

Fremantle Markets

Depois da prisão a gente deu uma volta pelo mercado de Fremantle (Fremantle Markets), parando antes para algumas fotos do Fremantle Oval, campo de Hugby da cidade.

Muita variedade de alimentos, roupas, acessórios, sabonetes, bugigangas. É muito legal andar pelos mercados! É onde a gente vê as pessoas nativas como elas realmente são.

Nos prédios ao redor do mercado existem diversos restaurantes, cafés e lanchonetes. Rodamos um pouco e achamos um restaurante italiano (Portorosa), que servia algo um pouco mais parecido com o que estamos acostumados. Aqui na Austrália a maioria dos restaurantes possui cardápio asiático ou turco.

Dona patroa pediu um pollo milanese (franguinho a milanesa), e eu pedi um fettuccine a carbonara. Os pratos aqui são muito bem servidos. Eu não dei conta de toda a minha massa, e ainda ajudei um pouco a Dona patroa com o frango dela.

Shed Market

Satisfeitos com a reforçada refeição, saímos para caminhar um pouco, e fomos até outro mercado que existe próximo do píer, chamado Shed Markets. Ali não tem alimentos. Ou melhor, tem alguma coisa, mas tudo industrializado. A grande maioria dos estandes são de roupas, souvenires, alguns quadros, jóias, sabonetes, tranqueiras em geral. Até massagem e bicicletas tem ali.

Museu Marítimo de Fremantle

Dali fomos para o Museu Marítimo. O ingresso custa AUD 10,00. Havia um tour submarino pelo mesmo valor. Perguntamos do que se tratava, a mulher explicou mas não entendemos direito, então não compramos. A senhora do caixa perguntou se tínhamos algum cartão que, acredito, dá desconto nos ingressos. Respondemos que não. Depois perguntou se éramos estudantes. Dissemos que sim, mas não estudantes na Austrália, e que nossa carteirinha de estudante não era internacional. Nem trouxemos as carteirinhas na viagem. E não é que mesmo assim ela nos cobrou só meia entrada?!

O museu é bastante interessante. Tem bastante explicação sobre o surgimento de Fremantle, que é uma cidade portuária. O primeiro porto de Western Austrália (Austrália Ocidental).

Tem também muitos barcos em tamanho real, história dos pescadores (tudo verdade, viu gente!), dos navios mercantes, do comércio. É bem legal. São três andares para explorar.

Em um enorme tanque havia um tubarão enorme chamado Megamouth. Podem chegar até 5,5 metros de comprimento, e nadam em uma profundidade de 150 m.

Neste link tem um vídeo mostrando a transferência do Megamouth do WA Museum, em Perth, para o WA Maritime Museum, em Fremantle.

 

Há um espaço que é para exposições temporárias, e estavam exibindo uma amostra sobre crianças de orfanato, sobre o trabalho pesado que elas faziam etc. Essa parte não podia ser fotografada.

Depois de ver todo o museu e a exposição sobre as crianças, fomos para a nossa última parada, a Round House and Whalers Tunnel.

Old Round House and Whalers Tunnel

A Old Round House é uma das construções mais antigas de Western Australia que ainda está de pé. Já foi utilizada com prisão, como base policial e como casa do chefe de polícia e sua família. No local existem algumas salas, ou celas, mas sem portas, expondo alguns quadros com informações do local. Algumas com manequins usando trajes de época encenando alguma situação.

Por fora, há um mirante com um canhão, de onde dá pra ver a praia, também repleta de algas, assim como Hangover Bay. Tiramos algumas fotos ali do mirante e depois seguimos para a praia através de um túnel que passa por baixo da construção. É o Whalers Tunnel, ou Túnel dos Baleeiros, caminho que ligava o antigo porto a cidade. Durante a guerra também foi usado como abrigo anti-aéreo.

Fizemos algumas fotos ali na praia e seguimos para um farol que existe próximo, por uma ruazinha sem calçada, com rochas em ambos os lados. O pessoal costuma parar ali para pescar.

Já havíamos visto tudo que estava planejado, então voltamos para a estação de trens. Na estação de Fremantle tem uma máquina que faz troca de dinheiro: notas de alto valor por notas de baixo valor (as máquinas de bilhetes só aceitam notas de 5 ou 10 dólares, e moedas). Não vimos isso em outras estações.

Voltando para Perth

Chegamos em Perth 16h30min aproximadamente. Bem em frente a estação de trens tem um monumento verde bem interessante. Parece de plástico. Logo em frente ao monumento vimos o que é chamado de labirinto das águas (Water Labyrinth).

 

Ao lado do Water Labyrinth tem uma grande loja de departamentos. Entramos para xeretar. São quatro andares com diversos itens, mas não deu tempo de explorar tudo, pois o local fecha as 17h aos domingos.

Passamos no McDonalds para tomar um cappuccino e comprar um ‘macarron’, que são umas bolachinhas recheadas. Dona patroa é estava com lombriga para comer isso. Em Fremantle Markets tinha dessas bolachinhas, mas estavam mais caras.

De volta ao hotel, dona patroa deu um cochilo enquanto eu fiquei atualizando os rascunhos do blog. Lá pelas 21h40min bateu a fome, e corremos no McDonalds (de novo) comprar dois lanches. Domingo a noite, nem arriscamos perambular pela cidade procurando algum restaurante.

Amanhã será o último dia em Perth. Deixamos as malas praticamente prontas e fomos dormir.

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