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De Roma para Sorrento

Trajeto realizado de trem. 

Após uma boa noite de sono, pegamos os nossos “vales-café da manhã” e fomos até o Quantum Bar, estabelecimento parceiro do Hostel, para a primeira refeição do dia. O café da manhã incluso na diária é bem simples: contém apenas um brioche doce e uma bebida quente, que no caso, escolhemos cappuccino.

Fachada do Hostel
Fachada do Hostel
Quantum Bar - Ciampino
Quantum Bar – Ciampino
Quantum Bar - Café da manhã do Hostel
Quantum Bar – Café da manhã do Hostel

Minutos depois nós voltamos ao Hostel para pegarmos nossas bagagens e caminhamos para a estação, onde pegaríamos o trem com destino a Roma-Termini e de lá, outro trem para Sorrento (com baldeação em Nápoles).

Existe a opção seguir até Sorrento de ônibus, também baldeando em Nápoles. Em Roma, os ônibus partem da Estação Tiburtina; em Nápoles, da Piazza Garibaldi.

Nápoles pode servir de base para quem pretende conhecer os sítios arqueológicos de Pompeia e Hercolano, ou ainda para quem vai para a ilha de Capri. Alguns a indicam como base até mesmo para conhecer a Costa Amalfitana, que era o nosso objetivo.

Estação de Ciampino vista do hostel
Estação de Ciampino vista do hostel

Compramos nossos bilhetes de trem nas máquinas de autoatendimento da Trenitalia ao custo de 1,5 euros cada. Verificamos no painel qual seria o nosso binário (plataforma) e chegamos até ele através de uma passagem subterrânea (sem rampas; para quem está com malas, terá que carrega-las pelas escadas.).

Placa indicativa do destino
Placa indicativa do destino

Já na plataforma, vimos que tem um meio de chegar até as plataformas sem ser pela passagem subterrânea. Existe um nivelamento ao final das plataformas que permite a passagem por cima dos trilhos. Tarde demais.

Importante: não se esqueça de validar o seu bilhete antes de embarcar nos trens. Existem máquinas de validação tanto na estação como nas plataformas.

Máquina para validação do bilhete
Máquina para validação do bilhete

 

A viagem de trem entre a estação de Ciampino e a Estação Termini, em Roma, durou quinze minutos. Como ainda era cedo, no trem havia muitas pessoas se deslocando para o trabalho.

 

Assim que chegamos a Roma, procuramos as máquinas de autoatendimento da Trenitalia para comprar as passagens para Nápoles. Poderíamos ter comprado pela internet, mas optamos por evitar ao máximo o uso do cartão de crédito devido ao IOF (6,38%).

Isso nos fez comprar bilhetes para um trem que partiria um pouco mais tarde (11h45 ao invés de 10h35) e também mais lento, com mais paradas nas estações intermediárias.

Atenção na hora de comprar suas passagens nas máquinas de autoatendimento. Existem muitas pessoas que se oferecem para ajudar com o uso das máquinas, e depois pedem dinheiro. Ou ainda, “batem” sua carteira. Fique atento, dispense ajuda, vigie sua bagagem e cuide de sua carteira.

Enquanto esperávamos pelo nosso trem, andamos pela estação vendo algumas poucas lojas existentes por ali. Depois comemos um lanchinho no McDonalds que serviria de almoço.

Estação Termini, em Roma
Estação Termini, em Roma
Lanchinho que serviu de almoço
Lanchinho que serviu de almoço

A viagem até Nápoles foi longa: três horas. Quatorze paradas. Quando não estávamos olhando as lindas paisagens pela janela, conversávamos um pouco, dávamos um cochilo… Por um bom tempo ficamos conversando (em Inglês) com um senhor italiano que desceu na estação Monte S. Biagio.

Poltronas do trem até Nápoles
Poltronas do trem até Nápoles

O ar condicionado do trem não estava funcionando e as janelas eram vedadas. Imagina o calor. Se não estava bom para nós, imagina para o funcionário que passa conferindo as passagens, vestindo terno e gravata.

Assim que chegamos a estação Napoli Centrale perguntamos para um policial onde ficava a bilheteria da Circumvesuviana. Os trens da Trenitalia circulam até Nápoles apenas. Daí para o sul são os trens da Circumvesuviana.

O policial nos orientou direitinho. Descemos uma escadaria e seguimos por uma passagem subterrânea segundo as placas da Circumvesuviana, e rapidamente estávamos em frente à bilheteria. O bilhete para Sorrento custou 3,60 euros cada.

Seguindo para a plataforma da Circunvesuviana
Seguindo para a plataforma da Circumvesuviana
Seguindo para a plataforma da Circumvesuviana
Seguindo para a plataforma da Circumvesuviana

Atenção durante o planejamento: a estação de trens é a mesma, mas para a Trenitalia é chamada de Napoli Centrale, e para a Circumvesuviana é Napoli Garibaldi.

A plataforma estava abarrotada de gente. Por ser um trem suburbano e relativamente barato, deve ser a primeira opção de moradores e turistas.

A informação dada no site Naplesbayferry sobre trens lotados, até mesmo sem espaço para guardar as malas, se confirmou. Parecia uma lata de sardinha. Por sorte, no vagão em que estávamos, havia um lugar específico para colocar bagagens, e ainda havia algum espaço.

Plataforma da estação em Nápoles
Plataforma da estação em Nápoles

A viagem de Nápoles até Sorrento dura pouco mais de uma hora. Para quem acabou de ficar três horas em um trem, uma hora a mais não seria problema. Melhor seria se não fosse em pé. Percorrido mais da metade do caminho muitos passageiros começam a descer e o trem vai esvaziando.

Chegando a Sorrento

A estação de trens de Sorrento é bem simples. Apesar de pequena, conta com rampas e elevadores para aqueles que estão viajando com malas.

Chegar ao hotel reservado não foi nada difícil. Apenas uns dez minutos de caminhada, pois o mesmo fica na rua atrás da estação, bem pertinho.

O hotel Linda é um hotel familiar e fica no segundo andar de um prédio de apartamentos. A entrada é por uma ruazinha lateral. Conta com elevador e no quarto tem varanda, TV e ar-condicionado. Não tem frigobar, e o café da manhã é cobrado à parte. O atendimento foi bem simpático e logo estávamos no quarto.

Hotel Linda - entrada pela rua lateral
Hotel Linda – entrada pela rua lateral
Hotel linda em Sorrento
Hotel Linda em Sorrento
Hotel linda em Sorrento
Hotel Linda em Sorrento
Hotel Linda em Sorrento
Hotel Linda em Sorrento
Sacada do Hotel linda em Sorrento
Sacada do Hotel linda em Sorrento

Precisávamos sair para comprar água e alguma coisa para ter à mão no caso de querermos petiscar. A moça do hotel nos informou da localização do mercado, e lá fomos nós para a rua novamente.

O mercado (Pollio Supermercati) fica na esquina do quarteirão do hotel, e é bem grande. Atenção ao horário de funcionamento: 9h às 13h e 16h30 às 19h30 (no horário de verão fica até mais tarde).

Voltamos para o quarto para comermos umas coisinhas que havíamos comprado, e depois de tomarmos banho e descansarmos um pouco, saímos para fazer uma exploração inicial pela cidade.

Nossos dias ali na região de Sorrento seriam divididos em: ilha de Capri, Costa Amalfitana, Pompeia e a própria Sorrento. Um dia para cada local.

Em Capri havia um passeio que já tínhamos comprado o ingresso pela internet, visto que o desconto compensava o IOF do cartão: um passeio de barco contornando toda a ilha. É um passeio para ser feito com tempo bom, e a previsão nos deixava apreensivos, pois dizia que apenas na sexta-feira haveria sol na região.

Então estava decidido que iríamos para Capri na sexta-feira, ou seja, no dia seguinte à nossa chegada. Por esse motivo, em nossa exploração inicial, caminhamos até a Marina de Sorrento para calcular o tempo gasto até lá e eliminar qualquer dúvida sobre o caminho. E lá fomos nós.

O centro de Sorrento está bem acima do nível do mar. Existe um elevador que leva as pessoas até a Marina, mas não conseguimos localizar pela internet o local exato deste elevador. Então seguimos a pé mesmo.

Da rua Corso Italia, em frente à Piazza Tasso, já vimos o caminho para a Marina e os incontáveis degraus que teríamos que descer. Mas como para descer todo santo ajuda… Quinze minutos após sairmos do hotel já estávamos na Marina de Sorrento conversando com uma garçonete cubana que veio divulgar o restaurante onde trabalhava.

Lá em baixo, ao final da rua, a Marina de Sorrento
Lá em baixo, ao final da rua, a Marina de Sorrento
Escadaria para chegar ao "andar de baixo" da cidade
Escadaria para chegar ao “andar de baixo” da cidade

Já que estávamos ali, pegamos todas as informações sobre preços e horários de barcos para Capri, local de embarque etc, e depois ficamos curtindo o pôr do Sol.

Bilheterias na Marina de Sorrento
Bilheterias na Marina de Sorrento
Mar de Sorrento
Mar de Sorrento
Lá em cima, a cidade de Sorrento
Lá em cima, a cidade de Sorrento

Antes de escurecer totalmente, seguimos uma placa que indicava o caminho para o elevador que liga a Marina até o centro, e fomos ver onde ficava. O preço para apenas subir ou descer é de 1 euro. E para subir e descer é 1,80 euros.
Pagar ou não pagar para conhecer o elevador? Não pagar!

Pequena placa indicando o local do 'ascensore' - elevador
Pequena placa indicando o local do ‘ascensore’ – elevador

Ali perto do elevador vi que havia um caminho para voltarmos lá para cima, diferente do caminho que fizemos, sem aquele monte de degraus, e saímos a procura dele. Após encontra-lo, concluímos que o local é bem sinistro. Escuro, todo pichado, cheiro ruim. Se o dia não estivesse claro ainda não teríamos feito esse caminho, mesmo porque havia uma placa indicando que aquela passagem é fechada após as 19h.

Certeza que o caminho é por aqui?
Certeza que o caminho é por aqui?

Com exceção dessa parte interna toda esquisita, esse atalho tem alguns mirantes bem legais.

Vista da Marina de Sorrento
Vista da Marina de Sorrento

De volta à parte alta da cidade, vimos o local exato do elevador. Fica na Via S. Francesco, numa entradinha que dá acesso ao Chiostro de S.Francesco. Ali também tem um mirante.

Indicação do elevador, agora na parte de cima da cidade
Indicação do elevador, agora na parte de cima da cidade
Sorrento: elevador para acesso a Marina
Sorrento: elevador para acesso a Marina

Andamos um pouco pela cidade, fotografando alguns lugares interessantes, como o Vallone dei Mulini, ou Vale do Moinho. Em tempos remotos, Sorrento possuía cinco vales, sendo que o Vallone dei Mulini é o mais preservado.

Sorrento: Vallone dei Mulini
Sorrento: Vallone dei Mulini

Também vimos uma das frutas típicas da região, a cidra. E era uma cidra enorme.

Sorrento: frutas gigantes
Sorrento: frutas gigantes

Como já estava perto do horário do jantar, também olhamos os menus dos restaurantes à procura de um algo que nos chamasse a atenção e por um bom preço.

Encontramos o restaurante Il Leone Rosso, perto da estação. Vocês não fazem ideia de o quanto nós comemos ali.
Pedimos um prato de massa cada um, e uma jarra de vinho.

Restaurante Il Leone Rosso
Restaurante Il Leone Rosso

Antes mesmo do vinho vieram duas fatias de pizza. Cortesia. Logo após o garçom ter trazido o vinho, veio um pratão de massa de pizza assada, sem recheio. Cortesia. “Garçom…, cancela os pedidos porque já comi demais”…rsrsrs.

Restaurante Il Leone Rosso - cortesia
Restaurante Il Leone Rosso – cortesia
Restaurante Il Leone Rosso - cortesia
Restaurante Il Leone Rosso – cortesia

Será que estávamos com cara de famintos? As mesas ao redor também estavam recebendo todas essas cortesias. Por fim, chegaram os nossos pratos e, realmente, quase que não demos conta. Dona patroa ficou toda alegrinha com o vinho!

Restaurante Il Leone Rosso - prato principal
Restaurante Il Leone Rosso – prato principal
Restaurante Il Leone Rosso - prato principal
Restaurante Il Leone Rosso – prato principal
Restaurante Il Leone Rosso - vinho
Restaurante Il Leone Rosso – vinho

Para coroar a noite, após a refeição, nos foi servida uma dose do digestivo tradicional da região: o limoncello. Cortesia também, óbvio. Delícia!

Restaurante Il Leone Rosso - Limoncello
Restaurante Il Leone Rosso – Limoncello

Mal deixamos a mesa e novos clientes já estavam ocupando o lugar. Muito bom restaurante.

Dali nós voltamos para o hotel. Dona patroa desmaiou na cama, e eu ainda fiquei rascunhando um pouco para o blog.

8 comentários em “De Roma para Sorrento”

  1. Boa noite!
    Adorei ler toda essa sua história de ida para Sorrento, terra natal de meu pai que tenho o sonho de conhecer e pretendo ir a Roma ano que vem gostaria de ir até Sorrento para conhecer, vou seguir seus passos.
    obgda, um abraço
    Vera

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