Tour de vinhos na África do Sul

30/03/2014.

Domingo. Penúltimo dia na África do Sul. Nada melhor do que um tour de vinhos. Contratamos o passeio ainda no Brasil: um tour de dia inteiro, com parada para almoço, conhecendo três vinícolas sul-africanas, com experimentação de vinhos e queijos. Delícia!

O horário marcado para buscarem-nos no hotel era 8h15min. Escolados com o dia anterior, preparamo-nos para estar na recepção às 8h. E não é que o motorista encostou a van às 8h?! Mas ele disse estar adiantado, que o horário era mesmo 8h15min. Como já estávamos prontos, seguimos para o próximo hotel buscar mais algumas pessoas que fariam o mesmo tour.

Diferente de Constantia Valley, que fica pertinho da Cidade do Cabo, sendo alcançada pelo City SightSeeing Blue Line, o local que visitamos é um pouco distante, na região de Stellenbosch e Franschhoek.

Anura Vineyards

Nossa primeira parada foi numa vinícola chamada Anura, que significa sapo. Ali conhecemos um pouco do processo produtivo dos vinhos, e depois provamos três sabores de vinho branco e mais três de vinho tinto, acompanhados de queijos específicos para cada tipo de vinho, e umas torradinhas com geleia. Seis taças de vinho logo pela manha?! Affff. rsrs.

Durante a explicação da produção, uma turista nos ouviu conversando, virou para nós e perguntou “Vocês falam Português?”. Ela era de Moçambique, estava com a mãe e a irmã. Legal encontrar pessoas que falam o nosso idioma e que não são do Brasil.

Depois da degustação, tiramos algumas fotos do local e seguimos para a próxima vinícola.

Off-topic: não lembro se já comentamos em algumas postagens, mas muitos negros sul-africanos, homens e mulheres, têm alguns dentes faltando. E não são pessoas pobres não. O rapaz que nos guiou pela Anura tinha uma “janelona”. Cremos que deve ser para colocar dentes de ouro, pois vimos muitas pessoas com ouro na boca por aqui. Quem souber a real razão, deixa um comentário abaixo.

Antes de chegar na segunda vinícola, passamos pela Victor Verster Prison, uma prisão de segurança de baixo risco localizada entre Paar e Franschooek, para fotos junto a uma estátua de Nelson Mandela. Nesta prisão, Mandela passou seu último dia preso.

 

Eikehof Wines

O nome da próxima vinícola era Eikehof, um lugar maravilhoso. É uma vinícola bem tradicional, com clima de fazenda. Diferente da Anura, que já é bem mais comercial. Ali nos chegamos até os parrais e provamos quatro vinhos, dois brancos e dois tintos, debaixo da sombra de uma imensa árvore.

Dessa vez nos juntamos com o pessoal da outra van, aquela onde estavam as moçambicanas; arrastamos as mesa e sentamo-nos todos juntos. Uma das moças trabalha na Vale, unidade Moçambique. Que legal!

Dessa vez não tinha queijinho ou torradas para acompanhar os vinhos, mas estava tudo de bom.

Franschooek

Antes de seguir para a terceira e última vinícola, paramos para almoçar em Franschooek, um lugar bastante agradável, também com vários restaurantes e lojinhas. Ali pudemos escolher o local do almoço, não era direcionado pelo motorista. Paramos no Kalfi’s, um dos primeiros que vimos.

Optamos por massa. Dona patroa foi de bolonhesa, e eu pedi um macarrão com azeitonas, cogumelos, tomate, manjericão e alho. De entrada foi servido um pãozinho com cheiro de churro. Como sobremesa, pedimos um doce chamado Malva Pudding.

Obs: por aqui, também é costume o garçom trazer a conta com um espaço para você assinalar quanto quer deixar de gorjeta, que será adicionado ao total a ser pago.

Definitivamente não servimos para fazer turismo gastronômico, pois saímos do restaurante empanturrados. Acho que um prato só para os dois seria sufuciente. Caminhamos um pouco pela rua principal, olhando as lojas e, no horário marcado embarcamos na van para a próxima degustação e vinhos.

Stellenbosch

Antes de ir para a vinícola, fizemos uma parada de meia hora em Stellenbosch, outra cidadezinha bem arborizada e também repleta de comércio, principalmente barzinhos. Por ser domingo, muitas lojas estavam fechadas.

Spier Wine Farm

Finalmente a terceira vinícola, que seria a Asara, mas o motorista disse que ela estava fechada para visitação. Até explicou o motivo, mas não entendi. Então ele nos deu duas opções: uma vinícola com cinco provas de vinho, e outra com nove provas de vinho. Confesso que eu não queria mais vinho nenhum, de tão cheio que eu estava. E parece que os demais passageiros da van também não queriam, pois o critério de escolha foi o local que oferecia a melhor paisagem, o melhor ambiente. Com isso, seguimos para a vinícola Spier, com degustação de cinco variedades de vinhos.

O lugar é bem bonito e agradável para passar o dia. É mais do que uma vinícola. Tem restaurantes, playground, uma extensa área gramada, um lago, e um viveiro de aves em recuperação, onde também há uma demonstração de trato com águias.

Ninguém da turma quis provar os cinco vinhos. Nós ficamos caminhando pelo local tirando algumas fotos, enquanto o pessoal pagou para ver a apresentação com as águias. A parada ali seria de aproximadamente meia hora apenas.

Terminado o tour, pegamos a estrada de volta para Cidade do Cabo. Impressionante que, durante toda a extensão da rodovia havia casas de lata ou barracos de madeira. E todas com antena de TV paga.

Já na cidade, nem seguimos para o hotel. Como o motorista deixou o pessoal num hotel próximo da V&A Waterfront, nós descemos ali também e fomos até o shopping para acessar a internet. Tínhamos que confirmar nosso transporte para o aeroporto no dia seguinte. Nem quisemos jantar, pois estávamos ainda satisfeitos pelo almoço.

Voltando ao hotel, paramos no posto de informações turísticas do V&A para perguntar sobre o ônibus MyCity para o aeroporto, apenas para constar a informação aqui no blog. É necessário adquirir um cartão pré-pago para o embarque, por pessoa, com o mínimo de R80. Esse valor é suficiente para chegar ao aeroporto a partir de Green Point.

Também perguntamos para um taxista quanto ficava a corrida ao aeroporto: R350. A opção mais barata é o ônibus MyCity, sem dúvida, desde que você não se importe em carregar as malas do seu hotel até o ponto de ônibus. Nós nos importamos, então fomos com o shuttle, o mesmo que nos trouxe, por R260 (com desconto dos R20 que não nos devolveram de troco no primeiro dia).

Quando chegamos ao hotel, desta vez nem o segurança estava na portaria. Logo, não sabíamos se ele tinha conversado com alguém sobre deixarmos nossas malas guardadas em algum lugar na manhã de segunda-feira. Fomos para o quarto e deixamos nossas malas prontas para o check-out do dia seguinte e pensamos no que fazer com as malas.

A decisão foi deixar as malas no quarto e fazer o check-out só na volta do passeio, após o horário determinado para a liberação do quarto. Fizemos um bilhete explicando a situação, e o deixaríamos na recepção pela manhã.