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Subindo no Vulcão Villarica

09/11/2008.

Acordamos às 5:50h. Tomamos o café da manhã no quarto, com as coisas que compramos no dia anterior. Quando saímos para o passeio, às 6:40h, vimos que a cozinha não estava fechada. Mas não abria só às 7:30h? Tudo bem.

Já na agência, começamos a vestir nosso traje para subir o vulcão: calça impermeável, bota apropriada e jaqueta. Na mochila ainda tinha um par de luvas, uma faixa para aquecer o pescoço, e uns grampos para colocar nas botas para escalar no gelo. Também fizemos o acerto do valor restante do passeio, descontado o sinal que demos no dia anterior.

Tentamos pagar no cartão, mas teve que ser em dinheiro. Com isso ficamos sem dinheiro suficiente para pagar o hotel, e sem saber se no no hotel aceitavam cartão. Mas é algo para se pensar depois.

Ainda não dá pra ver o vulcão, mas a neve já aparece
Ainda não dá pra ver o vulcão, mas a neve já aparece

Conosco na van foram: um alemão, uma americana e uma inglesa. Nossos guias foram Alvaro, o chefe da expedição, o Mauricio (figurinha esse cara) e o Juan.

Chegamos até o pé do vulcão de van para iniciar nossa caminhada. Recebemos uma picareta cada um e ouvimos atentamente as instruções do Alvaro. Fiquei contente quando vi o teleférico, que nos pouparia 1:30h de caminhada, conforme vi num dos sites pesquisados, mas o Juan disse que estava desativado.

Só funciona em temporada. Isso o site não informava.

Ferrou! O jeito era subir andando mesmo.

Caramba, cansa muito. A bota é pesada, não tem muita flexibilidade, fora o peso na mochila (grampos, alimentos, água).

O teleférico que funcionava somente em alta temporada
O teleférico que funcionava somente em alta temporada
Preparativos para a subida
Preparativos para a subida
Neste ponto, estamos acima do nível das nuvens, e desta vez, fora de um avião
Neste ponto, estamos acima do nível das nuvens, e desta vez, fora de um avião
Momento de descanso
Momento de descanso

Nossa primeira parada foi super rápida, só para um gole de água e algumas fotos. Depois paramos novamente num ponto a 1.200mt de altura (o vulcão tem 2.847mt no total). Dessa vez a parada foi mais longa, com mais tempo para descansar. Pensamos seriamente em parar por ali, pois estávamos muito cansados, mas os guias nos incentivaram a continuar, porém mais lentamente.

Subimos então mais devagar, na companhia do Juan, e chegamos até os 2.200mt, onde decidimos parar. Junto conosco estavam o alemão, que achei que iria até o fim pois estava com todo o equipamento próprio, cheio de pose, e a moça dos Estados Unidos. Ficamos um bom tempo descansando e conversando com o Juan.

O Alvaro e o Mauricio seguiram com a moça da Inglaterra. Deixei a máquina fotográfica com o Mauricio para ele fotografar o topo do vulcão.

 

Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Vulcão Villarica
Detalhe do grampo nas botas
Detalhe do grampo nas botas

Nessa parada havia outros grupos de outras agências que também não subiriam. Teve um carinha que abriu uma lata de atum e comeu ali, com as mãos. E depois tomou o óleo. Eca! O pessoal que seguiu em frente precisou colocar os grampos nas botas, pois daquele ponto em diante saia de cena a neve fofa para surgir uma camada de gelo junto com a neve, chamado gelo eterno ou neve eterna, pois nunca derrete.

Para descermos de ‘skibunda’, o Juan disse que teríamos que subir um pouco mais, e chegamos até os 2.400mt.

Puxa, os 400mt restantes levariam mais 3h de caminhada. Sem chances. Ninguém estava aguentando mais.

Pois bem, vestimos nossos ‘pampers’, uma espécie de lona que amaramos na cintura e nas pernas, ficando como uma fralda. O Juan nos passou as instruções sobre como escorregar sentado, como frear usando a picareta e pronto.

Agora alguém tinha que ser o primeiro.

Ok, lá vou eu.

Animal! Demais! A velocidade não é tanta, pois a neve vai acumulando nas pernas. Tem que deixá-las bem juntinhas pra escorregar legal.

Depois o pessoal foi descendo também. A dona patroa foi a última. Após uns 5mt ela se ‘desgovernou’, o corpo virou de lado e ela literalmente capotou. Desceu rolando. Lá de baixo foi engraçado de ver.

Mas para ela não deve ter sido nada bom. No meio do caminho ela soltou a picareta, que deve ter batido no braço dela, pois a jaqueta e a blusa que estava por baixo rasgaram. Também fez um machucadinho no queixo.

Além de tudo, levou uma ‘cagada’ do Juan, pois não podemos nos separar da picareta, é nossa ferramenta para descer com segurança.

Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda
Descendo de skibunda

 

Até descermos totalmente a montanha foram uns 5 ou 6 skibundas, mesclando com alguns trechos de caminhada. A dona patroa descia sempre acompanhada do Juan, para que não rolasse de novo. Em um dos momentos de caminhada pegamos um local com a neve tão fofa que minha perna entrou na neve até o joelho, e quase enfio a cara no chão.

Chegando no pé do vulcão, o Juan promoveu uma pequena guerra de neve, e óbvio, era ele contra todos nós. Eu não via a hora de chegar na van para tirar aquela bota pesada e desconfortável.

De volta à base do vulcão
De volta à base do vulcão

Ao chegar na van e tirar a roupa de proteção, minha calça estava ensopada. Eu tinha uns 5 mil pesos no bolso, que tive que deixar secando no para-brisas da van. Aproximadamente meia hora depois chegou o restante do grupo. Não via a hora de pegar a máquina fotográfica com o Mauricio para ver as fotos que ele registrou.

Ele nos explicou que não foi possível ver a lava na cratera do vulcão, pois havia nevado muito na noite anterior, então estava tudo coberto de neve. Realmente. Nas fotos só dá pra ver o vapor saindo da cratera. Bom, menos mal. Não ficamos tão frustrados assim de não termos conseguido chegar até o topo. Quem sabe outro dia, com teleférico, helicóptero, sei lá.

Cratera do Villarica
Cratera do Villarica
Cratera do Villarica
Cratera do Villarica
Cratera do Villarica
Cratera do Villarica
Pessoal no topo do Villarica
Pessoal no topo do Villarica

 

Pegamos o caminho de volta para Pucon, mas antes paramos numa casa, que parecia ser do Alvaro, para deixar o material da agência e pegar nossos calçados e demais pertences, que estavam lá nos esperando. Depois o Mauricio nos deixou no hotel, e combinamos de nos encontrar na agência para baixar as fotos para ele, e confraternizar num barzinho.

Ao entrar no quarto, tiramos a roupa molhada, tomamos um banho quente e desmaiamos. Estávamos exaustos.

Por volta das 19h nós acordamos e fomos tentar pagar o hotel com cartão de crédito. Não aceitavam. Ferrou. A solução foi tentar a sorte no Cassino. Não, não fizemos apostas para multiplicar o pouco dinheiro que ainda tínhamos. Como eu não lembrava a senha do cartão para saques, a ideia era ‘cambiar’ o dinheiro no caixa do Cassino, como se fôssemos comprar fichas no cartão e depois trocá-las por pesos.

A entrada no Cassino custava 500 pesos. Decidimos que somente um de nós entraria. Ai o rapaz do caixa perguntou se realmente iríamos apenas trocar dinheiro, e como dissemos que sim, ele nos liberou para entrar de graça. Ao chegar no caixa, o rapaz disse que não precisava toda essa manobra de pegar fichas e depois trocá-las.

Ele passaria o valor no crédito, e já nos daria em pesos mesmo. Legal.

Só que a máquina do cartão não concluía a operação. O rapaz disse que poderia se linha congestionada ou por ser domingo, alguma lentidão.  Tentamos todos os cartões que tínhamos e nada. O rapaz pediu para esperarmos um pouco, sugeriu passear pelo cassino etc.

Eu já estava me preparando para lavar pratos no hotel. Foi quando tive a ideia de ir no caixa eletrônico que tinha ao lado do caixa do cassino e tentar sacar do cartão usando a mesma senha que uso nas compras a crédito.

Fiz toda a operação de saque, mas no final deu erro. Porém não reclamou de senha errada. Lendo a mensagem na tela, vi que deveria escolher a opção ‘estrangeiros’ logo no começo. Repeti o processo, dessa vez escolhendo ‘estrangeiros’, estipulei o valor, coloquei a senha e…. saiu o dinheiro!! Que alívio.

Eu sinceramente não sabia que a senha de crédito era a mesma para saques. Fica ai a dica.

Agradecemos ao rapaz do caixa e fomos direto para a agência encontrar o Mauricio.

Agora dá pra ver o vulcão
Agora dá pra ver o vulcão

Chegando na agência, o Mauricio copiou as fotos mas disse que não poderia ir até o barzinho, porém nos indicou o lugar.

Fomos no Mamas & Tapas. Pedi um lanche churrasco e a dona patroa uma salada. Nossa, que lanchinho pobre: pão de forma com pedacinhos de carne assada. Mais nada. E bem mais caro que o big lanche que pedi no dia anterior no PizzaBar. O refrigerante também estava mais caro.

Para completar, pedimos uma porção de empanadas, com seis. Tudo muito caro. Não recomendo.

Voltamos ao hotel e arrumamos a mala antes de dormir, pois no dia seguinte teríamos que fazer o check out até às 10:30h.

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4 comentários em “Subindo no Vulcão Villarica”

    1. Olá Paula.
      Primeiramente obrigado pela visita ao Blog.
      Nós fizemos o passeio pela agência Turismo Florencia (http://www.turismoflorencia.com/).
      Sim, valeu muito a pena. Claro que ficou uma pontinha de decepção por não ter conseguido chegar até o topo.

      Mas se você for na primavera/verão, penso que conseguirá chegar lá sem problemas, pois a neve é menos intensa.

      Veja os relatos de um colega que conseguiu, no blog Rolé pelo Mundo (http://rolepelomundo.wordpress.com).

      Um abraço e boa viagem!

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