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Carnaval nas cavernas do PETAR

Parque Estadual Turístico Alto do Ribeira

Chegou o mês de Fevereiro e com ele o feriado que todo brasileiro adora: o Carnaval. É um dos feriados mais longos, período propício para as viagens um pouco mais distantes.

Na primeira quinzena de janeiro iniciamos nossa busca por um destino legal para esses cinco dias de folga. Litoral nem pensar. Ninguém merece passar horas e horas no trânsito de ida e volta ao litoral paulista.

Começamos com os destinos aéreos. Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Porto Seguro (BA), Florianópolis (SC), Nobres (MT), Jalapão (TO) e Cambará do Sul (RS). Para cada um deles havia um porém.

As passagens para Fortaleza estavam com preços razoáveis, mas a disponibilidade de opções de turismo eram poucas. O foco ali são as praias, e gostaríamos de opções de ecoturismo.

João Pessoa e Florianópolis estavam com os preços pela hora da morte, assim como as passagens para Porto Alegre. Os valores triplicaram se comparados com a baixa temporada.

 

Nobres, via aeroporto de Cuiabá, tinha preço bom, mas seria necessário alugar um carro até a cidade, algo que desta vez gostaríamos de evitar (para economizar). Encontramos os horários de ônibus entre Cuiabá e Nobres, mas não se encaixavam com os horários dos voos. E mesmo que fosse possível utilizar o ônibus, precisaríamos de um carro para nos deslocarmos entre o hotel e os atrativos.

Com o valor orçado para conhecer o Jalapão daria para fazer um tour na Europa. O Brasil é muito caro em alta temporada.

Vimos um pacote via CVC com preços razoáveis para Porto Seguro, e deixamos essa opção em stand by.

Uma agência que consultamos, focada em eco aventura, tinha duas opções interessantes: uma travessia de serra por quatro dias no Rio de Janeiro, e um passeio com várias trilhas no Paraná. O inconveniente dos passeios é o transporte em van ou micro-ônibus durante uma noite inteira, com caminhada logo na sequência, pela manhã.

Nós já fizemos um passeio de van por aproximadamente três horas, e é bem desconfortável. O corpo fica todo dolorido, principalmente os joelhos. Dessa vez seria mais de quatro horas de viagem. Descartamos.

Partimos, então, para consultas em locais próximos, e vimos alguns atrativos legais em São Miguel Arcanjo, com trilhas e cachoeiras, e em Iporanga, no PETARParque Estadual Turístico Alto do Ribeira, ambos em São Paulo. Como Iporanga é bem mais longe, um feriado longo é a época ideal.

Consultamos algumas pousadas pela internet e acabamos fechando com a Pousada Caacupé. Desde o início o atendimento foi muito bom, com troca de e-mails rápida e obtendo todas as informações necessárias com bastante clareza.

Para a realização dos passeios no PETAR, nós fechamos com a agência Eco Cave. Quatro dias de passeios monitorados pelas diversas cavernas do Parque.

Iporanga fica quase na divisa de Estado entre São Paulo e Paraná, no sul do território paulista, na região conhecida como Vale do Ribeira. Pode-se chegar à cidade via BR-116 (Regis Bittencourt) através do município de Eldorado, ou pela SP-280 (Castelo Branco) via Capão Bonito.

Para nós, que moramos na região de Campinas, a opção pela rodovia Castelo Branco era a melhor, com tempo de viagem estimado em cinco horas. O único problema seria a estrada que liga as cidades de Apiaí e Iporanga. Por passar dentro do PETAR, é uma estrada que não se pode mexer em nada. Logo, ela é estreita e grande parte de seus 44 km são de terra e cascalho.

Estrada de terra e cascalho entre Apiaí e Iporanga.
Estrada de terra e cascalho entre Apiaí e Iporanga.

Dirigir a noite por ali, sem conhecer a estrada, não seria legal. Mas Dona Patroa conseguiu negociar no trabalho para sair um pouco mais cedo na sexta-feira, e 14h30minh nós pegamos a estrada.

Não enfrentamos trânsito em nenhum ponto da viagem. O que nos retardou um pouco foi um caminhão à nossa frente, na estrada para Apiaí. Já no caminho para Iporanga, passamos por três núcleos do PETAR, o Núcleo Caboclo, Núcleo Santana e o Núcleo Ouro Grosso. Também passamos em frente a Eco Cave, e aproveitamos para marcar o tempo entre a agência e a pousada.

Após chegar no centro de Iporanga, ainda teríamos que dirigir mais 4 km em estrada de terra até a Pousada Caacupé. Até a cidade, o GPS nos guiou bem. Dali em diante, a estrada já não era mapeada. Mas tínhamos todas as informações fornecidas pela pousada.

Na pousada, fomos recebidos pela Daniela, que foi quem trocou e-mails conosco. Graças a um temporal que havia caído na cidade pouco antes de chegarmos, a pousada estava sem energia elétrica. A Daniela nos mostrou nosso quarto, deixou uma lanterna conosco e passou algumas dicas de onde poderíamos jantar na cidade.

Pousada Caacupé, 4k do centro de Iporanga.
Pousada Caacupé, 4k do centro de Iporanga.
Nosso quarto tinha uma cama de casal e um beliche, frigobar e banheiro privativo.
Nosso quarto tinha uma cama de casal e um beliche, frigobar e banheiro privativo.
Pousada Caacupé.
Pousada Caacupé.

Saímos, então, para comer alguma coisa. A maioria das opções fica próxima à praça da Igreja Matriz, que é paralela à Avenida Iporanga, principal acesso da cidade. Quando voltamos para a pousada a energia elétrica ainda não havia sido reestabelecida, logo, o primeiro banho foi com água fria. Com o calor que estava fazendo, pra mim não foi problema. Já para Dona Patroa…

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